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35mm

Podem me chamar de antiquada e saudosista, mas, pra mim, cinema é capturado e exibido em 35mm.

Alguns cineastas estão voltando para a película: Martin Scorsese, Christopher Nolan, Quentin Tarantino…

Sam Mendes, depois de ter filmado o penúltimo 007 em digital, fez o novo longa em negativo:

“Eu amei usar película novamente. Película é difícil, é impreciso, mas isso também é a glória desse meio. Há uma mágica lá; você ganha muito e às vezes você perde muito, mas o risco vale a pena. Eu estava tão aliviado assistindo as películas diárias do primeiro dia no filme. Tinha um romance, uma ligeira nostalgia, que era minha própria imposição, mas eu tinha essa sensação. E isso não é inadequado quando se trata de um clássico filme da franquia Bond”.  (Mendes, Sam Mendes)

É por isso que <3 stop motion…

Tem como não gostar de stop motion?

Definitivamente, não!

Assisti esse curta mega fofo > The Joy of Books

 

 

Tese > Koreeda

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Foram quase quatro anos para a conclusão da tese.

Praticamente três anos lendo, assistindo e escrevendo sobre assuntos que tivessem relação (direta ou não) com o doutorado, que teve como tema o longa-metragem Seguindo em frente, do muso japonês Hirokazu Koreeda.

Tive dias felizes, e outros em que, por diversos motivos, pensei em desistir, achei que não daria conta. Loucura fazer doutorado e trabalhar, mas era o que tinha.

E ufa! Defendi o trabalho e fui aprovada  no dia 01/12/2016, uma quinta-feira ensolarada! Sim, oficialmente doutora.

Acho que até agora a ficha não caiu direito…

Fica a sensação de dever cumprido?

Em partes, porque a gente sempre quer e acha que poderia ter feito mais e melhor.

Mas fico com a sensação de dever cumprido para com o filme e o diretor. Fiz o meu melhor dentro das possibilidades e sempre com muito respeito por ambos, como se estivesse mesmo mexendo em “solo” sagrado.

Em breve pode ser que me despeça dos personagens e espaços cenográficos que permitiram que a pesquisa e o texto fossem desenvolvidos, e que tanto me ensinaram. Porém, de Koreeda não largo mais! rs

Tanta coisa ainda para explorar nos seus filmes…

 

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Elevador da Glória e around, Museu do Azulejo, Cinemateca & Parque das Nações

Dando continuidade aos passeios com bondinhos, peguei o Elevador da Glória (na verdade bondinho) e fui para a parte alta da cidade, de onde se consegue perder fácil pelas ruas ao redor e encontrar joias escondidas.

No final da parada tem uma simpática pracinha com um café:

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E de lá é só bater perna:

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Fiquei fissurada (pirei, na verdade) pelos prédios de azulejo verde:

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Museu Nacional do Azulejo (outro assunto pelo qual sou fascinada), fica afastado do centrão, mas dá para chegar.

O museu é bem bacana, grande, tem desde obras tradicionais até de vanguarda.

Não deve ser muito visitado, só vi mais 3 pessoas passeando por lá.

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No meio do museu tem jardim (cuidado com as portas que dão acesso, quase quebrei uma delas que estava com sinalização verde ao tentar abri-la, uma funcionária apareceu correndo para ver o que tinha acontecido, e falou brava pra ir para a outra porta, mas depois veio toda fofa perguntando se tinha gostado):

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Cinemateca:

Não sabia que existia, foi uma amiga que indicou. Além de sessões de cinema, tem exposições, livraria (com funcionária também mega simpática, conversamos bastante) e café. Cuidado com horário, só abre depois do meio dia, apesar do que informa o site.

A mocinha da livraria disse que muitos portugueses e turistas comentam que chegaram ao local ao passar em frente, pois não é muito divulgado…

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Parque das Nações:

Assim que você chega na estação de metrô, que tem esses azulejos ‘grafitados’:

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Quando sai da estação, dá de cara com o shopping Vaso da Gama, ao atravessá-lo, chega ao parque, que é enooorme de grande.

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Tem Oceanário:

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Teleférico que ajuda a ir de um lado ao outro:

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E vários outros espaços, também dá para passar o dia:

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PRODUÇÃO:

Elevador da Glória – bondinho sai de uma travessa da av. da Liberdade, perto da Pça. do Rossio

Museu Nacional doAazulejo – só na volta descobri que tem ônibus (não lembro o número) que sai da praça em frente à Fundação Saramago, melhor do que ir de metrô (como fiz) e ter de andar uma parte meio suspeita para chegar lá.

Cinemateca – travessa da av. da Liberdade

Parque das Nações – estação de metrô Oriente

Elevador de Santa Justa, Fundação José Saramago, Mosteiro dos Jerónimos & Torre de Belém | Lisboa

Sei lá o que acontece com esta pessoa que escreve… rs

Sou apaixonada por meios de transporte… Teleféricos, bondinhos, trens e etc.

Por mim, teria andado em todos de Lisboa… hahaha

Elevador de Santa Justa

Não sei se o elevador de Santa Justa é o mais famoso, mas fica bem no centrão de Lisboa, impossível não vê-lo!

Fui no finzinho da tarde, e fiquei no topo olhando as luzes da cidade acendendo.

Saída do elevador na parte superior:

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No canto superior direito está o Castelo de São Jorge:

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Na saída superior fica o Convento do Carmo:

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Fundação José Saramago

Ah, Saramago, outro ‘culpado’ pela meu interesse por Portugal…

Não sabia que existia uma fundação, encontrei sem querer quando vi no mapa quando procurava outro lugar.

Fica nessa casinha, não é grande, mas tive a mesma sensação de sagrado quando entrei na Fundação Miró, só faltei beijar o chão do local.

Sente-se sua presença ali…

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Esta é uma montagem que reproduz seu escritório e lugar de trabalho:

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Mosteiro dos Jerónimos

Você já fica emocionado quando vê a grandiosa arquitetura externa, mas depois que entra, não quer mais sair de lá…

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Na entrada fica uma igreja:

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Mosteiro:

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Prédio do Museu da Marinha que fica ao lado:

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Em frente fica um parque liindo :

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E depois de atravessá-lo (tem passagem subterrânea), chega-se ao Monumento ao Descobrimento:

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De lá fui caminhando até a Torre de Belém (fiz pit stop num restaurante no ‘meio do caminho’ para almoçar, já que não tem muitas opções para comer):

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São vários andares por uma escada circular estreita (tem que esperar o povo vir do sentido contrário, senão não dá para passar), alguns andares não são tão interessantes, mas é obrigatório ir até o último.

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Na saída continuei caminhando ‘em frente’ e me deparei com este espaço MARA!! É a  Fundação Champalimald, de investigação científica de biomedicina, que mais parece um centro cultural:

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PRODUÇÃO

O Elevador de Santa Justa fica no centrão, é só olhar para o alto, no sentido oposto do Castelo de São Jorge.

Para subir e descer pode-se utilizar o cartão Lisboa viva, mas ele só serve para o trajeto até lá em cima, para ir ao miradouro, paga-se outro valor, e vale!

Fundação José Saramago > fica num lugar meio estranho, é perto do centro, dá para ir à pé da Praça do Comércio.

Mosteiro dos Jerónimos & Torre de Belém >Sugiro 1 dia de visita, é muita coisa para ver…

Se comprar o bilhete para visitar os 2, tem desconto.

Peguei o Elétrico 15 (trem super moderno) na praça do Comércio (todas as paradas têm número dos transportes que param ali). Passeio super agradável, pois você vai conhecendo lugares que estão fora da rota turística.

Eu deveria ter descido na Torre de Belém (cada parada é anunciada e tem plaquinha dentro do vagão também), que fica depois do Mosteiro, mas como a pessoa é ansiosa… Depois andei tudo de volta até o ponto que fica em frente à Pastelaria de Belém, e não, não provei o famoso pastel lá, pois a fila estava na calçada… =P

Provei na Pastalaria da Suiça…

Kar Wai Wong

De repente me deu uma vontade enorme de rever as linda histórias e imagens em movimento de Kar Wai Wong.

Amor à flor da pele:

2046:

Um Beijo Roubado:

Assombração (Gwai wik | 2006)

Este é um dos filmes com visual estético que mais me impressionou ultimamente: Assombração, da safra de filmes de ‘terror’ oriental…

Em breve um post detalhado, por enquanto só o trailer:

Expressionismo alemão

Um dia ainda faço um filme usando a estética do expressionismo alemão…

Lindo, Lindo, Lindo!!!

Os famosos e os duendes da morte

Confesso que fiquei um pouco receosa de assistir o primeiro longa-metragem do Esmir Filho, diretor de “Tapa na pantera”, que virou hit no Youtube. Tenho aversão a esses projetos que acabam gerando “polêmica” (só fui assistir “Tropa de elite 1 depois de um ano, ou mais, após seu lançamento)…

Felizmente assisti ao filme “Os famosos e os duendes da morte”, bela surpresa!

Lindo filme!

Parece que finalmente estamos saindo das narrativas onde o brasileiro trata dos próprio estereótipos…

Estaremos aprendendo com os hermanos argentinos?

Fica a dica pro fim de semana…

A single man


A single man (2009), dirigido por Tom Ford.

Sim, o estilista agora também dirige imagens em movimento… Antes de torcer o nariz, resolvi assistir, afinal, sempre vale a pena ver qualquer filme em que o elenco principal (Colin Firth e Julianne Moore) atue, além da obra ter recebido importantes prêmios e indicações.

No Brasil recebeu o infeliz título de Direito de amar (será que o nome foi inspirado em alguma novela do SBT?). Teria sido mais justo terem traduzido literalmente…

O filme baseado no livro de Christopher Isherwood (1904-1986), narra a vida do professor George (Colin Firth) meses após a morte de seu companheiro em um acidente, na década de 1960, em Los Angeles.

Passamos o dia com o personagem, e acompanhamos este recorte de sua vida, que vai sendo preenchido com flashbacks da convivência ao lado de seu companheiro. O personagem é um tanto melancólico, talvez por ainda estar abatido pela perda de seu companheiro, mas isso não o impede de aproveitar as novas oportunidades que a vida traz.

O filme obviamente tem uma belíssima estética plástica e nem preciso fazer comentários a respeito dos figurinos que são impecáveis…

Felizmente esse visual realizado pela direção de arte está de acordo com a narrativa, que não tem nada de ousada, sendo até bem quadradinha.

Mas a arquitetura da casa do personagem, as cores utilizadas em todos os cenários, móveis, objetos, a fotografia e o enquadramento destacam a composição visual do filme, que é super bem composta, nota-se que seu conceito foi  elaborado e executado com sucesso.



O longa me fez pensar na efemeridade da vida, no carpe diem com as pessoas que você ama e quer bem, porque num segundo tudo pode acabar, e não tem volta.

The End…

E há uma reviravolta no final que reforça esta ideia.


Que seja eterno enquanto dure, mas que haja intensidade e seja bem aproveitado.


Link para o site do filme aqui.


Trailer oficial: